O Simples Nacional é uma das escolhas mais comuns entre micro e pequenas empresas no Brasil. Com a promessa de simplificação e alíquotas reduzidas, o regime atrai empreendedores que buscam menos burocracia e mais agilidade no dia a dia. Mas, apesar do nome, o sistema não é tão simples quanto parece.
Sem uma revisão do Simples Nacional periódica, muitos negócios acabam pagando mais impostos do que deveriam — ou enfrentando penalidades por enquadramentos incorretos.
Neste artigo, vamos explorar os principais riscos de manter sua empresa no Simples sem análise frequente, mostrar como funciona a revisão do Simples Nacional, e apresentar ferramentas para tomar decisões fiscais mais eficientes.
O que é o Simples Nacional?
O Simples Nacional é um regime tributário criado para facilitar o pagamento de impostos por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Ele unifica oito tributos em uma única guia — o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
Os impostos incluídos são:
A alíquota varia conforme o faturamento dos últimos 12 meses e o tipo de atividade da empresa, conforme estabelecido nos anexos da Lei Complementar 123/2006.
Por que o Simples pode sair caro?

Embora seja vantajoso para muitos, o Simples Nacional pode se tornar um peso se a empresa não realizar uma revisão do Simples Nacional regularmente.
Algumas armadilhas comuns incluem:
- Permanecer no regime mesmo após mudanças no perfil da empresa
- Pagar alíquotas maiores por falta de planejamento tributário
- Descumprir limites de receita e sofrer exclusão do regime
- Desconsiderar o fator R (no caso de prestadores de serviço)
- Perder benefícios fiscais estaduais e municipais
Esses problemas não apenas aumentam os custos, como podem comprometer a saúde financeira da empresa no médio e longo prazo.
O que é a revisão do Simples Nacional?
A revisão do Simples Nacional é um processo de análise que avalia se o regime ainda é o mais vantajoso para a empresa com base no faturamento, na atividade exercida, nos custos operacionais e nas regras específicas dos anexos tributários.
Essa revisão pode resultar em:
- Troca de regime (por exemplo, migração para Lucro Presumido)
- Reenquadramento entre os anexos do Simples
- Adequação à tributação pelo fator R
- Redução da carga tributária por meio de reorganização fiscal
Quando fazer a revisão do Simples Nacional?
Idealmente, a revisão do Simples Nacional deve ser feita pelo menos uma vez por ano, especialmente nos meses de novembro e dezembro, quando é possível se planejar para o reenquadramento no ano seguinte.
Outros momentos recomendados incluem:
- Abertura de nova filial ou expansão do negócio
- Mudança de CNAE (atividade econômica)
- Crescimento acelerado do faturamento
- Aumento ou redução na folha de pagamento
- Alterações no perfil de clientes (público final ou outras empresas)
Comparativo entre Simples Nacional e Lucro Presumido
Para entender melhor por que a revisão do Simples Nacional pode economizar milhares de reais, veja a tabela a seguir com uma simulação comparativa:
Cenário | Simples Nacional | Lucro Presumido |
Receita Mensal | R$ 60.000 | R$ 60.000 |
Alíquota efetiva | 13,50% (Anexo III) | 11,33% (presumido + ISS) |
Custo com impostos | R$ 8.100 | R$ 6.798 |
Diferença anual | — | Economia de R$ 15.624 por ano |
Ideal para… | Pequenas empresas com baixa folha | Empresas com custo alto ou lucro real |
Valores fictícios para fins de exemplo. A análise deve ser personalizada com apoio contábil.
O que é o fator R e por que ele importa?
O fator R é uma regra que afeta empresas prestadoras de serviço. Ele determina se a empresa será tributada pelo Anexo III (alíquota menor) ou pelo Anexo V (alíquota maior) do Simples Nacional.
O cálculo é simples:
Fator R = Folha de pagamento (últimos 12 meses) / Receita bruta (últimos 12 meses)
Se o resultado for igual ou superior a 28%, a tributação será pelo Anexo III.
Caso contrário, será pelo Anexo V, que pode elevar significativamente o valor pago.
Empresas que ignoram esse cálculo deixam de se beneficiar de alíquotas mais favoráveis — outro motivo que reforça a importância da revisão do Simples Nacional.
Vantagens da revisão periódica
Confira os principais benefícios de revisar o regime tributário da sua empresa regularmente:
- Redução da carga tributária
- Maior previsibilidade financeira
- Prevenção de autuações e penalidades fiscais
- Aproveitamento de incentivos específicos por atividade ou região
- Melhor gestão do fluxo de caixa
Erros comuns ao não revisar o Simples Nacional
- Assumir que o Simples é sempre a melhor opção
- Não considerar a margem de lucro da operação
- Ignorar o crescimento do faturamento
- Usar CNAEs genéricos que não refletem a atividade principal
- Desprezar o impacto do fator R na tributação
Esses erros são evitáveis com uma revisão do Simples Nacional bem-feita, conduzida por profissionais contábeis com experiência no tema.
Conclusão
Apesar do nome, o Simples Nacional não é simples o tempo todo — principalmente quando a empresa cresce ou muda de perfil. A revisão do Simples Nacional é uma prática indispensável para garantir que sua empresa não esteja pagando mais impostos do que deveria ou correndo riscos desnecessários.
Com uma análise estratégica e atualizada, é possível reduzir custos, planejar melhor e tomar decisões mais inteligentes sobre o futuro do seu negócio.
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